terça-feira, 27 de julho de 2010



Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo?
- Claro, mas o que ele tem?
o filho, com a cabeça baixa, diz:
-Tumor no cérebro.
A mãe, diz:
- E você quer ir lá para que? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai.
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível! Ele morreu na minha frente!
A mãe furiosa:
- E agora? Está feliz? Valeu a pena ter visto aquela cena?
Uma última lágrima cai de seus olhos, e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer: "
Eu tinha certeza que você vinha".

- Você acredita em amor à primeira vista?
- Não.
- Então, espere ai que eu vou passar de novo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Você cresce você ERRA, você APRENDE, você GANHA e você PERDE.

quinta-feira, 22 de julho de 2010



Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.
O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu.
Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.
Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.
Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo.
Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.

quarta-feira, 21 de julho de 2010


O jeito é esse,
Só de pensar nisso me arrepia as costas.
Tudo isso tinha de acontecer nesse momento.
Sei que não vou conseguir algo aqui,
Mas eu gosto de tentar.
Isso me faz melhor.
Se bem que é bom ser alguem melhor.
Se bem que...
Ou Netuno está perto do sol?

terça-feira, 20 de julho de 2010


"Fora da noite que me encobre,
Negro como o poço de polo a polo,
Agradeço ao que os deuses possam ser.
Pela minha alma inconquistável.

Nas garras das circunstâncias.
Eu não recuei e nem gritei.
Sob os golpes do acaso.
Minha cabeça está sangrando, mas não abaixada.

Além deste lugar de ira e lágrimas.
Só surge o horror da sombra,
E ainda a ameaça dos anos
Encontra e me encontrará sem medo.

Não importa o quão estreito seja o portão,
quão repleta de castigos seja a sentença,
Eu sou o mestre do meu destino,
Eu sou o capitão da minha alma"
William Ernest Henley

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Somos roqueiros.
Somos loucos, rebeldes revoltados.
Eles tem razão,
Um dia talvez deixarei de ser imbecil.
Dizem que um dia vou me arrepender.
Me pergunto se Eles já se arrependeram.
Me pergunto se Eles já foram imbecis, e se já viveram sem dinheiro.
Aqueles caras importantes, estudados e respeitados nada são comparado conosco.
Aqueles que compram pessoas, que compram a vida, que destroem familias.
Nós somos felizes sem noção, loucos por opção, e, eles os caras sãos, destroem o mundo e são normais.

domingo, 18 de julho de 2010



Às vezes entregar o coração com toda a alma não é o suficiente pra fazer alguém feliz;
Eu sei que eu não posso nem sonhar em ter você, porque comigo você só poderia sofrer ...
Por isso eu vou sair da sua vida;
Essa vai ser a maior prova de amor que eu posso dar à você ...
O mais difícil de tudo é que agora eu tenho certeza de que nada que eu fizer vai me fazer esquecer de você.

sábado, 17 de julho de 2010



A espera intensifica o desejo. Na realidade, ela nos ajuda a reconhecer quais são nossos verdadeiros.
Ela separa nossos entusiasmos passageiros dos verdadeiros desejos.

– DAVID RUNCORN

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terça-feira, 13 de julho de 2010


Retiro o que disse!

Ninguem pode ser tão mau.

Agora preferiria estar vendo o por do sol em uma cidade imaginaria

Com alguem imaginário

Queria que as estralas me mostrassem o caminho correto.

Mas onde eu moro

No mundo real, não vejo estrelas

Já me vi desistir

Já estou cansada de ser eu

Mas ao mesmo tempo não quero ser mais ninguem

Se as lágrimas que agora correm o meu rosto secassem, poderia haver lugar para um sorriso.

O tempo precisa passar mais rápido.

Para eu poder esquecer o que eu sinto agora.

Mesmo sabendo que quando ele passar vou querer voltar.

Nada poderia se menos simples, ou poderia?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Posso ver as águas caindo

Sinto-me tão bem

Está tão frio

Mas não posso reclamar.

Gosto do modo que as luzes brilham

Parecem meus olhos quando te veem

Uma sensação boa invadiu meu corpo

Quero dormir com a janela aberta.

Gostaria de tirar uma foto para poder ver o que vejo

Sei que nunca será a mesma coisa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


Tenso,denso,muito lenço.
Tensamente tenso.
Penso,denso,isso é tensão demais
penso no denso que teve o lenço no henso -q
REALMENTE isso é tenso.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Tipoo WTF IS GOING ON HERE?



Nessa semana que esta passando, aconteceu um caso muito grave de pouco conhecimento da população da cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, pois foi muito bem abafado pela imprensa pelo simples fato de envolver o filho do Exelentíssimo Sr. Sérgio Sirotsky, dono da RBS (filial da Tv Globo). O seu filho que faço questão de dizer seu nome sujo,Sérgio Orlandino Sirotsky com o apelido de ZINHO, de 14 anos, juntamente com o filho do Delegado Jaime Martins da 4a. DP de Coqueiros (que foi encarregado do caso da farça do assalto ao apartamento da filha do presidente Lula) , com o nome de Bruno Martins e mais um garoto (todos de 14 anos), estupraram uma menina de 14 anos também por vingança. Todos são estudantes do colégio Catarinense, uma das escolas mais caras e com toda a elite da capital.
A menina era ex namorada do Bruno Martins e por motivo de vingança, pediu ajuda para Zinho e mais um menino para se vingar dela da forma mais "adulta" e "inteligente": estuprando-a. Os manés acharam-se no direito de abusar sexualmente da garota sendo que nem saíram das fraudas e não são adultos o suficiente para poderem ser julgados como homens, pois quem tem conciência e maturidade para estuprar uma menina de 14 anos, tem que pagar pelas suas atitudes. Correto? Errado. A menos que você seja o filho do dono da RBS, filho de um delegado, essa lei não valerá para você. E melhor ainda se você for de menor, porque ai mesmo que tudo fica mais fácil para você cometer seus delitos a vontade.
Em relatos feitos por uma carta de desabafo pelas mães dos alunos do colégio Catarinense, a menina foi molestada das piores formas (até enfiaram um controle remoto da vagina da garota), e estavam prestes a estrangular a jovem quando a mãe do Zinho chegou em casa para impedir o quase assassinato que estava ocorrendo. Após bater nos fedelhos, percebeu que ia dar merda pro lado deles e resolveu acabar com isso acobertando a besteira que os três garotos inúteis, filhos de umas putas, degenerádos, retardados, vagabundos e viadinhos fizeram.
A mídia catarinense é dominada pela rede RBS e com certeza a notícia não vazou pelas imprensas, mas esta rolando a solta na internet e esse é o objetivo.
Não é a primeira vez que alunos desse colégio são alvos fortes de notícias hediondas e horrendas. Lutas livres entre alunos onde apanham até desmaiar, drogas em corredores e bebidas, sexo no colégio e muitas outras orgias acontecem no colégio mais renomado e mais caro da capital. Provando que esses jovens de família rica são piores que todos nós da classe média, acham-se no direito de fazer o que quiserem pois sabem que tem como escapar depois. Sustentam o tráfico, sustentam a violência e lutam por coisas que não fazem parte da sua realidade de berço de ouro, acham-se homens mas só tem 14 anos e não sairam das fraudas. Eu não consigo entender o que esse camelo vestido de anta tinha na cabeça quando resolveu deixar o filho de uma égua estuprar a garota na sua casa.
Se vão ser culpados? Claro que não, mas mereciam virar mocinhas na cadeia, aprender o que é apanhar de verdade e não de uma mãe apavorada. Perder o cu pra um homem que faz o que eles fizeram a muito tempo, e nunca mais esquecer essa lição. Merecem ser culpados, linxados, jogados numa cela com vários homens e virar a mulherzinha deles. Porque se tem idade pra fazer uma merda dessas, tem idade pra assumir.
Não quer ir pra festinha? Não quer ir transar? Não quer ficar com vários meninos (as)? Não quer ser tratado como adulto independente. ENTÃO VIVA A REALIDADE E VAI PRA CADEIA E VIRA PUTA DE PRESIDIÁRIOS, SEUS MERDAS.
Infelizmente a realidade é outra, e esses garotos vão crescer fortes e saudáveis tomando muito danoninho e comendo bisnaguinha assistindo power rangers e ouvindo Restart enquanto a garota vai ter um trauma pro resto de sua vida, porque ela sim é quem perdeu completamente a sua inocência.
Concordooo: Caramba velho onde está a dignidade dos jovens de hoje? Se algem souber a resposta, responde, porque isso não faz sentido!
Vingança, que merda é essa. Eles tem catorze anos, são crianças!
Bebi saudade a semana inteira / Pra domingo você dizer me que foi tudo besteira.

Parece que nada mudou / Parece que não vai mudar

E o que gente combinou / Mais um vez / Serviu pra se enganar

Parece que tudo voltou / Mas foi só no lado de cá

E o que a gente conversou / Não deu pra consertar

Agora/ Eu penso que valeu ficar de fora / E antes que você me mande embora

Deixo tudo pra você / Já que eu não quero mais

Lembrar você / Me faz acreditar que eu posso te esquecer / E qualquer outro dia

Se você me ver / Não venha me chamar.


Se eu não fosse quem eu sou, se eu não fosse eu...

Se eu escolhesse alguma religião, se eu mudasse a estação para sua rádio favorita...

Faria diferença?

domingo, 4 de julho de 2010

Todos os sábados como de costume Jamie, Josh e Kevin assistiam novamente algumas temporadas de friends no computador. Eles sempre se reuniam no apartamento em que Jamie e Kevin moravam. Josh, o irmão mais velho de Jamie, dessa vez não apareceu.

Já era oito horas Jamie já havia pedido pizza e Kevin tentava localizar algumas latas de coca cola. Já eram nove, dez, onze.

O telefone tocou logo, após atender ela descobriu que sua vida nunca, nunca e mais um milhão de vezes nunca, seria a mesma.

- É sobre o Josh, querida? – Perguntou Kevin após ver os seus olhos cheios de lágrimas. Ela assentiu.

- Ele não vai vim, não é? – Kevin não soube o que fazer, sabia a resposta.

- Não, não vêm – Ela desmoronou no sofá, em lagrimas. Nunca havia chorado, nem com a morte de seus pais, sempre foi muito forte com essas coisas. Josh estava morto, a família que restara.

- Como aconteceu?

- Não quero falar disso, não sei mais se você é quem...

- é quem?

- Eu preciso ficar só. – Disse Jamie por fim.

Ela estava certa de que não tinha mais certeza se era publicidade o que queria. Não tinha mais certeza se era ali onde ela deveria estar, tinha certeza de que era lá que Josh não deveria estar. Não dormiu, não deixou mais nenhuma lágrima escapar, não disse nada. Fez brigadeiro e sentou-se no sofá em frente a teve para assistir qualquer coisa. Não quis pensar em rir, embora fosse engraçado o que assistia.

Kevin chegou, dizendo que tudo ia ficar bem, Jamie não era mais criança o que não ia ficar era bem.

-O que você sabe sobre estar bem? – Jamie disse calmamente. – Você não sabe nada, viveu a vida inteira fazendo o que seus pais mandavam, eu sei que você não queria estar aqui. Você nem sabe o que quer. Deve sentir raiva de si.

- Porque eu teria raiva?

- Por nunca ter tentado.

- E você, alguma vez, já tentou alguma coisa de verdade?

- Você tem razão, vou embora!

- Jamie! Desculpe querida. – Disse tarde, ela já se fora.

Sem destino, apenas com uma mochila nas costas e uns três mil reais no bolso. Comprou uma passagem para Paris e se mandou. Paris, sempre quis conhecer os pais eram de lá.

No aeroporto ela, acidentalmente, esbarrou com Paolo.

- Desculpe.

- Não foi nada, ma belle.

Ela corou, fizera um curso de italiano com os pais quando criança de modo que entendeu o “minha bela”.

Ele apresentou Paris para ela. Jamie se apaixonou pela dança, decidiu num impulso maluco de que era isso que queria. Soube naquele momento que nunca estaria sozinha e não foi por causa de Paolo, foi porque soube que seu irmão sempre estaria lá de uma forma ou de outra, torcendo por ela. Só assim pode ser feliz - estava feliz-, pode sentir que ali era o seu lugar. E se pensa que a historia acabou se enganou está apenas começando.

sábado, 3 de julho de 2010


E não há chuva forte ou escuridão, nem caminho errado que desvie a minha atenção/Pois quando eu preciso tenho a tua mão./E sabe quando eu não sei o que fazer;/E sabe que eu tenho tanta coisa nova pra aprender;/E sabe o que é preciso pra me acordar./E não existe drama de televisão, nem roteiro mal-escrito que nos tire dessa direção./Somos livres por vontade, jovens sem obrigação.

quinta-feira, 1 de julho de 2010



“Alô. Oi, sou eu. Normalmente não gosto de falar com máquinas e deixar recados assim, mas é que hoje, enquanto tentava organizar minha gaveta, aquela em que jogo tudo dentro (contas a pagar, contas pagas, bilhetes, cartas antigas, canhotos de cinema), achei uma foto: eu, o Dé e a Sara. O tempo de começo de vida... Que saudade daquela época em que juntávamos os trocados para comprar um pote de sorvete e sentarmos na grama do parque, esperando a tarde ir embora... Hoje não temos tempo para perder o tempo. Nossa vida virou uma correria, uma luta diária para dar jeito em tantas responsabilidades. Mas tenho um orgulho, uma felicidade, uma alegria dentro de mim por saber que soubemos aproveitar cada pedacinho de nossas vidas; você foi uma grande companheira, uma parceira pra toda hora. Não estava na foto, porque era a alma generosa que guardava nossos lugares na fila, que carregava nossos casacos na sua grande bolsa xadrez (lembra?), que ajeitava todo mundo numa pose de fazer brotar lágrimas nos olhos antes de bater a foto. Você é a melhor pessoa que já esteve em minha vida. Quando puder, por favor, me liga; preciso muito te ver. Um beijo, tchau!”
Piiiiiiii!

Na verdade era isso que ele queria dizer:

“Hoje enquanto arrumava as minhas coisas fiz o que faço todos os dias: penso em você. Penso em como você é linda e do jeito que você me chamava de estranho. Que saudade de você, do Dé, de você, da Sara. Você é meu grande amor. Por favor, me liga. Beijos.”

João era muito tímido, mesmo quando não sabia de Lu. Ela sempre fora tão sociável, tão popular nem devia mais se lembrar de tudo que João nunca esquecera.

Dois dias antes da formatura ela simplesmente sumiu, João nunca desistiu dela. Ele era persistente. As pessoas diziam que ele era louco pra estar perdendo a vida com uma mulher que mal conhecia... Ele sempre respondeu a mesma coisa “Ela é minha vida”.

Eu até tenho uma explicação para a paixão de João: Lu foi a única que o viu como ele realmente é. Ela conseguiu ver por trás dos olhos castanhos e do jeito desengonçado dele. Ela o chamava de estranho de um jeito doce e depois sorria, apesar de dizer que sonhava ser como ele. João nunca esqueceu ultimo dia que a vira. Era inverno. Ela usava na cabeça um gorro lilás de modo que os seus cachos loiros caíam em seus ombros, um casaco rosa, um all star até o joelho e um Jeans esfarrapado. Ela estava linda. Ela pegou as mãos de João e disse:

- João... – Ele viu os olhos dela lacrimejarem. – eu vou ir embora.

- O que?

- Eu sei que você entendeu.

- Para onde?

- Não importa.

- Como eu vou te ver?

- João, - ela pensou um pouco e continuou, agora sorrindo um pouco – nunca me esqueça, você poderá me ver nas estrelas. Ache a mais estranha e você me achará.

- Lu eu não te entendo.

- Não há escolha. Tenho que ir. – Ele olhou em seus olhos e soube naquele momento que ela nunca mais voltaria.

- Você, é um anjo nunca poderá ser uma estrela estranha.

- Isso é o que eu quero.

- Mas – Antes que ele pudesse continuar e ela encostou os lábios nos de João, e fugiu enxugando as lagrimas.

Ele nunca a esqueceu. Nunca parou de procurá-la, já se passaram dois anos. Enviou cartas para todos os tipos de lugares, pessoas foram confundidas, telefonemas desesperados... Até googlou o seu nome no Google. Mas agora parece que ele tem certeza de que o numero está certo! E se não for, João nunca desistirá. Eu também acho que ele está louco, ela deve ter sorte.

O telefone tocou João esperou tocar uma, duas, três vezes e atendeu:

-Alô?

-Alô!

- Quem é?

- Eu que pergunto você deixou um recado agora mesmo.

- Você é Lucia Garcia?

- Não, mas ela está internada no hospital faz um tempo.

- Hospital? Qual?

A moça lhe disse, em seguida João desligou o telefone e foi para um dos melhores hospitais de câncer do Brasil. Quando finalmente chegou mandaram-no para o quarto 810.

Foi então que ele a viu e sentiu a base tremer, o mundo explodir, ele não soube o que dizer ela não o ouviria mesmo. Ele mal conseguia respirar. Ficou ali a olhando. Mas João não chorou, não desabou, não chorou, não fez nada a não ser por ficar parado com as mãos no vidro. E logo perceberia que os olhos dela não se abririam como nos filmes.

Sonhos de dois anos atrás hoje se realizavam, João gostaria que eles continuassem pendentes.

Ele decidiu por fim entrar no quarto. Ele encostou a mão em seu rosto, e murmurou alguma coisa para si mesmo. Ela pode ouvi-lo:

- João? – disse com os olhos ainda fechados.

- Lu, meu anjo, você esta bem?

- Não vou mais viver.

João não soube o que dizer. Só pode ouvi-la o mandando ir embora e, dessa vez, esquecê-la. Ela até argumentou dizendo que estava horrível, sempre com a voz fraca, isso fazia coração de João estremecer. Por fim ele saiu do quarto, mas não do hospital. Não sairia até ela morrer ou se recuperar como um milagre.